SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um vídeo de câmeras de segurança flagrou o momento em que o advogado Luiz Fernando Pacheco, 51, é agredido. Ele foi encontrado morto na quinta-feira (2), em São Paulo, após 36 horas sem dar notícias a amigos e familiares. Estava desaparecido desde a noite de terça (30).

As imagens mostram Pacheco sendo atacado em uma esquina da rua Itambé, em Higienópolis, na região central da capital. Um homem tenta pegar o celular do advogado, que reage. Uma mulher acompanha a ação de perto. Em seguida, o criminoso dá um soco na cabeça de Pacheco.

Um amigo da vítima confirmou à reportagem ser Pacheco no vídeo. A polícia já apontava que o advogado podia ter sido vítima de latrocínio.

De acordo com boletim de ocorrência, a PM (Polícia Militar) e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel) foram acionados no começo da madrugada de quarta (1º) para socorrer um homem em uma rua no bairro de Higienópolis.

Os policiais afirmam que “lá chegando, havia um indivíduo desconhecido desfalecido ao solo sendo socorrido pelo Samu”.

Uma testemunha que estava no local disse aos PMs que “viu um homem passando mal, convulsionando e com dificuldade de respirar”. Ele decidiu então acionar o socorro.

Pacheco foi levado de ambulância ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu. Ele morreu à 1h40 de quarta.

O advogado estava sem documentos, e sua identificação só foi feita no dia seguinte, depois de exame das impressões digitais realizado pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt.

Pacheco foi um dos fundadores do grupo Prerrogativas, que também se manifestou. “Estamos em luto. Ele era um dos advogados criminalistas mais brilhantes do país, da escola de Marcio Thomaz Bastos. Combativo, solidário e muito generoso, estava vivendo um momento muito feliz de sua vida, com a reconstrução do país, com a participação na gestão reeleita da OAB de SP e no grupo Prerrogativas. É uma perda muito significativa para toda a advocacia e para a sociedade brasileira”, diz o coordenador do grupo, Marco Aurélio de Carvalho.

Há mais de 20 anos atuando na esfera penal, Luiz Fernando Pacheco tinha iniciado sua carreira no escritório de Márcio Thomaz Bastos, no ano de 1994. Em 2000 tornou-se sócio do advogado, atuando em grandes causas como a do mensalão, em que comandou a defesa de José Genoino.