SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Horas antes de ser levado às pressas para um hospital em Brasília, o rapper Hungria, 34, fez uma ligação para a irmã, Manoela Hungria. O artista relatou sentir um forte mal-estar e sintomas incomuns, que levantaram a suspeita de intoxicação por metanol. Desde quinta-feira (2), ele segue internado na UTI do Hospital DF Star, onde recebe cuidados intensivos.
“Ele me ligou por volta das 8h20 dizendo que estava muito mal e precisava de ajuda. Achei que fosse brincadeira, até que ele falou: Estou com gosto de gasolina na boca e estou muito fraco. Eu me assustei na hora”, contou Manoela, na porta do hospital, ao conversar com jornalistas.
A família acionou uma ambulância, que levou Hungria imediatamente para a unidade de saúde. Ao chegar, o rapper apresentava cefaleia, náuseas, vômitos, turvação visual e acidose metabólica sintomas compatíveis com intoxicação por metanol. De acordo com os médicos, ele deve passar por sessões de hemodiálise nas próximas 72 horas.
Um dos pontos mais curiosos do tratamento foi explicado pela irmã: Hungria precisou ingerir álcool para reduzir os efeitos do envenenamento. “Ele teve que beber cerca de 200 ml de etanol. Os médicos disseram que, nesse caso, é melhor ter álcool no corpo do que metanol, porque o metanol é tóxico”, relatou. O procedimento é considerado comum em casos do tipo, já que o etanol ajuda a bloquear a metabolização da substância nociva.
Apesar da gravidade inicial, Manoela afirma que o irmão apresenta sinais de melhora. Em vídeos publicados no Instagram, ela procurou tranquilizar os fãs. “O dia foi desafiador, mas a palavra de Deus nos ensina a agradecer. Estou com o coração grato pelo livramento. Ele está bem, fazendo hemodiálise, passou por avaliação com o oftalmo e segue estável na UTI”, disse.