Da Redação

O governo de Israel confirmou nesta sexta-feira (3) que quatro italianos já foram deportados após a interceptação da chamada Flotilha Global Sumud. Os demais estrangeiros detidos seguem em processo de retirada do país.

A ação militar ocorreu na quinta-feira (2), quando 42 embarcações foram bloqueadas por forças navais israelenses no Mediterrâneo. Os barcos tinham como objetivo levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O último deles, identificado como Marinette, foi abordado a 68 quilômetros da costa, às 10h29 no horário local (4h29 em Brasília).

Mais de 400 pessoas foram presas, entre elas pelo menos 11 brasileiros. Entre os detidos estão a deputada federal Luizianne Lins (PT), a vereadora Mariana Conti e o ativista Thiago Ávila. Antes de ser capturada, Luizianne deixou gravada uma mensagem em vídeo em que classificou a operação como arbitrária e ilegal.

O Itamaraty já solicitou acesso consular aos cidadãos brasileiros, pedido confirmado pelo chanceler Mauro Vieira.

Israel divulgou imagens dos ativistas sob custódia, assegurando que todos se encontram em boas condições físicas. Em nota publicada nas redes sociais, o Ministério das Relações Exteriores israelense afirmou que a flotilha representava uma “provocação Hamas-Sumud” e reiterou que a ajuda humanitária poderia ter sido enviada por rotas oficiais autorizadas.

O episódio reacende as tensões internacionais em torno do bloqueio à Faixa de Gaza e da participação de políticos e militantes estrangeiros em ações de solidariedade ao território palestino.