SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O fundador do Spotify, Daniel Ek, está deixando o cargo de CEO e passará a assumir o cargo de presidente executivo a partir de 1º de janeiro de 2026.
A companhia será comandada por dois co-CEOs a partir de janeiro de 2026, segundo comunicado. O atual diretor de produtos e tecnologia Gustav Söderström e o diretor comercial Alex Norström irão assumir como co-CEOs. Ek vai continuar na empresa na função de presidente executivo.
Söderström e Norström vão liderar o desenvolvimento estratégico e a execução operacional da empresa, como vem sendo desde 2023. Os novos co-CEOs se reportarão a Daniel Ek e farão parte do Conselho de Administração da empresa, sujeito à aprovação dos acionistas.
“Nos últimos anos, deleguei grande parte da gestão diária e da direção estratégica do Spotify para Alex e Gustav… Essa mudança simplesmente alinha os cargos à forma como já operamos”, disse Daniel Ek.
Ek vai focar na alocação de recursos, no planejamento de longo prazo do Spotify e no apoio à liderança da empresa. Todas as mudanças vão começar em 1º de janeiro de 2026.
Fundada em 2008, plataforma tem agora uma biblioteca com mais de 100 milhões de músicas, 7 milhões de títulos de podcasts e 350 mil audiolivros. Além disso, contam com mais de 696 milhões de usuários, incluindo 276 milhões de assinantes.
FUNDADOR FOI ALVO DE CRÍTICAS AO INVESTIR EM STARTUP MILITAR
Ek investiu na startup alemã Helsing, que fabrica drones de combate com inteligência artificial. Segundo a Reuters, a empresa recebeu mais de US$ 1 bilhão e agora é a maior startup de defesa da Europa, valendo US$ 12 bilhões. O investimento, no entanto, gerou críticas.
Bandas como Massive Attack, King Gizzard & the Lizard Wizard e Hotline TNT tiraram suas músicas do Spotify em protesto. O Spotify não comentou o caso, mas indicou uma nota da Helsing, que afirmou que sua tecnologia só é usada por países europeus para se defender da Rússia na guerra na Ucrânia, e negou que ela esteja sendo usada em outras zonas de guerra.
O fundador já foi criticado por disputas com artistas sobre pagamento e decisões polêmicas nos investimentos em podcasts. Seus apoiadores dizem que ele ajudou a combater a pirataria com um modelo legal de streaming musical, mas os críticos alertam que o Spotify tem poder demais sobre os artistas, o que prejudica especialmente as gravadoras independentes.