SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de São Paulo investiga a suspeita de envolvimento de dois irmãos na manipulação de bebidas alcoólicas. Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, eles foram identificados na quarta-feira (1º) no Jardim Campo Limpo, na zona sul da cidade, após o recebimento de uma denúncia.

Um dos investigados, de 52 anos, já havia sido indiciado por falsificação de bebidas em 2022. Na ocasião, no mesmo endereço, os policiais apreenderam bebidas adulteradas. Desta vez, o caso foi registrado no 37º Distrito Policial, no Campo Limpo, como falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de bebidas e segue em investigação.

Durante a operação de repressão à adulteração e falsificação de bebidas, agentes encontraram centenas de lacres e tampas de uísques guardados em sacos e caixas em cômodos da casa de um dos irmãos. Ao todo, a Polícia Civil diz ter apreendido 1.800 lacres e tampas de uísques de diferentes marcas nacionais e importadas, além de três garrafas vazias e encaminhado o material para a perícia.

A SSP diz que o boletim de ocorrência da denúncia aponta a suspeita de que os irmãos substituíam o conteúdo de garrafas de marcas importadas e de maior valor agregado por bebidas mais baratas ou artesanais, adicionando tampas e lacres falsificados e comercializando como se fossem originais.

Até o momento, segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, são 37 casos registrados de intoxicação por metanol em todo o estado, sendo dez confirmados e 27 em investigação. O dado difere dos números divulgados pelo Ministério da Saúde, que confirmou ter recebido 39 casos no estado, sendo dez confirmados e 29 em investigação. Além desses, o ministério diz que há quatro casos investigados em Pernambuco. No total, a pasta afirma ter recebido 43 notificações de intoxicação por metanol de todo o país.