BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal prendeu duas pessoas preventivamente (sem tempo determinado) nesta quinta-feira (2) e cumpriu mandados de busca e apreensão em uma operação contra suspeitas de fraudes em concursos públicos cometidos por uma organização criminosa.
As investigações envolvem o CNU (Concurso Nacional Unificado) de 2024, conhecido como o Enem dos concursos, e também exames da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, da Universidade Federal da Paraíba e das polícias civis de Pernambuco e Alagoas.
Uma das suspeitas de fraudes investigadas envolve o uso de um ponto eletrônico, que seria instalado e depois retirado com ajuda médica. Esse ponto, segundo a investigação, ajudaria na resolução das provas.
Houve afastamentos de cargos públicos e bloqueios de bens, em ação conjunta com o Ministério da Gestão e com o Ministério Público Federal na Paraíba.
A polícia diz que “os investigados foram excluídos dos processos seletivos, afastados dos cargos públicos já ocupados e poderão responder pelos crimes de fraude em certame de interesse público, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsificação de documento público”.
De acordo com a PF, a ação tem como objetivo ampliar mecanismos de fiscalização para garantir segurança, transparência e integridade aos processos seletivos realizados no país.
A operação foi denominada Última Fase e os mandados cumpridos nos estados de Pernambuco, Paraíba e Alagoas.
O Ministério da Gestão que o CNU está mantido para o próximo domingo (5), apesar da operação.
A pasta disse em nota que “tem apoiado, desde o início, as investigações da Polícia Federal sobre fraudes em concursos públicos, entre elas, uma fraude pontual durante a aplicação da prova da primeira edição [do CNU]”.
Também afirmou que “vem acompanhando os desdobramentos da operação da PF” e que “ampliou os mecanismos de fiscalização para garantir maior segurança, transparência e integridade” na prova do domingo.