SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Yom Kipur é a data mais sagrada do calendário judaico. É conhecido como o “Shabat HaShabatot”, o Sábado dos Sábados.

O QUE É O YOM KIPUR?

A data é móvel. Ela começa no pôr do sol do décimo dia de Tishrei, o sétimo mês judaico, e termina ao anoitecer seguinte. No calendário gregoriano, corresponde ao período entre setembro e outubro.

A tradição define seu sentido. No Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico, Deus julga a humanidade e registra sua decisão no Livro da Vida. Os dez dias seguintes são reservados ao arrependimento, e o último deles é o Yom Kipur, quando o livro é fechado e selado.

As orientações estão na Torá. No Levítico, Deus teria instruído Moisés sobre como celebrar o dia.

O feriado é de jejum e renúncia. Não se deve comer, beber, tomar banho, passar perfumes, ter relações conjugais ou calçar sapatos de couro.

As proibições vão além. Também não é permitido carregar objetos, acender fogo, fumar ou usar eletricidade. As restrições aproximam o homem do espiritual. Crianças pequenas, doentes, grávidas e mulheres que deram à luz recentemente estão dispensados.

Na sinagoga, a celebração tem rituais próprios. O dia começa com o Kol Nidre, oração que ressalta o cumprimento dos votos. Outra parte essencial é o Vidui, a confissão coletiva em nome da comunidade.

O encerramento tem significado especial. A cerimônia de Ne’ilá representa a última chance de arrependimento. As portas da Arca permanecem abertas, simbolizando o Paraíso acessível aos fiéis.

A despedida é solene. O versículo “O Senhor é nosso Deus” é repetido sete vezes, o Shofar ecoa e a congregação proclama: “No ano que vem em Jerusalém”.

A saudação tradicional expressa o desejo de vida. É comum dizer: “Que você seja inscrito no Livro da Vida”.