RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A definição da CBF de fazer a final da Copa do Brasil ainda terá desdobramentos. A entidade não anunciou onde será o jogo em 2026, mas tem algumas premissas para a definição futura.

A ideia em fazer em campo neutro, com jogo único, foi uma solução encontrada para tentar aliviar a carga de jogos dos times da elite.

Nesse formato, a CBF assume a organização da partida, ficando com a operação do jogo, mas também com a bilheteria.

A entidade entende que o ganho para os clubes com a criação do produto mais badalado e o alívio de uma data compensam.

A definição do local da partida será mais adiante, em tempo suficiente antes da definição de possíveis finalistas.

No projeto, há questões comerciais envolvidas e também logísticas.

“O objetivo é que a final única seja em estádios que comportem grande capacidade de público, que possam receber duas torcidas, em cidades que tenham malha hoteleira, acesso aeroviário ou rodoviário”, descreveu o diretor de competições da CBF, Julio Avellar.

Com esse discurso, se por acaso São Paulo quiser entrar no páreo, terá que topar um formato em que não haverá torcida única em eventual clássico.

A solução de reduzir um jogo da final afetou também os planos da Globo, que teria dois jogos de altíssima demanda para transmitir. Agora, tem um.

Mas pelo menos a emissora conseguiu a manutenção dos jogos de ida e volta na quinta fase, que é quando os grandes entram na Copa do Brasil.

Em 2026, a decisão será em 6 de dezembro, um domingo. A ideia da CBF é que a finalíssima sirva de encerramento da rodada, dando um ar apoteótico ao jogo.

Na Supercopa, outro evento de jogo único da CBF, a entidade vendeu os direitos de exploração da partida —bilheteria, operação, etc— para a empresa do ex-senador Luiz Estevão. Mas nos bastidores da entidade, a informação é de que esse movimento ainda não aconteceu em relação à finalíssima da Copa do Brasil.