Da Redação
A corrida pelo governo de Goiás em 2026 já começa a se desenhar, e os três principais nomes no tabuleiro – Wilder Morais (PL), Marconi Perillo (PSDB) e Daniel Vilela (MDB) – buscam mostrar força política por meio de eventos, alianças e o apoio de prefeitos.
Wilder comemorou seu aniversário reunindo milhares de pessoas em uma grande festa; Marconi lotou a Assembleia Legislativa em um encontro com lideranças políticas; Daniel, por sua vez, ainda não testou grandes eventos próprios, mas segue ao lado do governador Ronaldo Caiado em inaugurações e agendas oficiais.
A disputa pelo apoio de prefeitos
O número de gestores municipais que cada pré-candidato consegue reunir virou moeda de prestígio. Aliados de Daniel falam em cerca de 200 prefeitos a seu lado; os de Wilder garantem ter 150; já os de Marconi estimam pelo menos cem. Mas os cálculos são contestados e refletem mais estratégia política do que números exatos. Se considerados também os ex-prefeitos, Marconi larga na frente, somando centenas de aliados que mantêm influência local.
O peso da trajetória
Marconi tem vantagem quando o tema é legado administrativo. Estradas, universidades, hospitais e programas de atendimento ao cidadão marcaram seus quatro mandatos. Wilder também já garantiu verbas para os municípios quando esteve no Senado e no governo federal. Daniel, mais jovem, ainda não conseguiu imprimir grandes marcas próprias, mas pode herdar protagonismo se Ronaldo Caiado decidir disputar a Presidência em 2026.
Desafios individuais
Cada candidato carrega um obstáculo:
- Marconi enfrenta alta rejeição, fruto do desgaste de quem já governou por quatro mandatos.
- Wilder precisa provar capacidade de articulação política, já que sua eleição ao Senado ocorreu em condições excepcionais.
- Daniel depende do futuro de Caiado: sem a presença do governador na cena estadual, terá de mostrar se consegue unir diferentes alas do MDB e manter base própria.
O jogo ainda está aberto
Enquanto Caiado aparece como figura central na política goiana e pode até influenciar a disputa nacional, seus aliados e adversários em Goiás se movimentam para ocupar espaço. Wilder aposta em eventos de massa, Marconi em sua experiência e Daniel em herdar o capital político do atual governador.
O eleitor goiano, acostumado a diferenciar quem tem estrutura de quem depende de padrinhos, terá a palavra final em 2026.