SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-gerente de campanha de Donald Trump, Corey Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira (1º) que agentes de imigração estarão presentes no Super Bowl de 2026, onde Bad Bunny vai se apresentar no intervalo.

O show entre os dois tempos do jogo, no dia 8 de fevereiro, é a única apresentação de Bad Bunny nos Estados Unidos marcada para 2026, já que sua aguardada turnê mundial “Debí Tirar Más Fotos”, programada para ocorrer de dezembro deste ano a julho de 2026, não tem outra data prevista no país além do Super Bowl.

Bad Bunny disse à revista I-D no mês passado que seu medo de batidas de agentes do ICE, o órgão de imigração que tem deportado pessoas do país, é parte do motivo pelo qual ele não fez turnê pelos Estados Unidos continental. O cantor, contudo, se apresentou há pouco em Porto Rico, um território ultramarino do país.

“Não há nenhum lugar onde se possa oferecer refúgio a pessoas que estão ilegalmente neste país. Nem no Super Bowl nem em nenhum outro lugar. Nós os encontraremos, os prenderemos, os colocaremos em um centro de detenção e os deportaremos. Saibam que essa é uma situação muito real sob esta administração, ao contrário do que costumava ser”, afirmou Lewandowski no programa de entrevistas The Benny Show.

Lewandowski faz parte do círculo próximo de Trump há muito tempo, tendo trabalhado como seu gerente de campanha em 2016. Ele retornou à campanha presidencial no ano passado e, desde a eleição de Trump, atua como funcionário especial do governo no departamento de imigração.

“É uma vergonha que eles tenham decidido escolher alguém que parece odiar tanto os Estados Unidos para representá-los no show do intervalo”, disse Lewandowski. “Deveríamos tentar ser inclusivos, não exclusivos. Há muitas bandas e artistas excelentes que poderiam estar tocando naquele show, unindo as pessoas e não separando-as.”

“Houve muitos motivos pelos quais eu não apareci nos EUA [continental], e nenhum deles foi por ódio -já me apresentei lá muitas vezes”, disse Bad Bunny à revista I-D. “Todos [os espetáculos] foram um sucesso. Todos foram magníficos. Gostei de me conectar com latinos que moram nos EUA. Mas, especificamente, para uma série de shows aqui em Porto Rico, sendo um território não incorporado dos EUA. Pessoas dos EUA podiam vir aqui para ver o espetáculo.”