SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A mãe de Rafael Santos Martins, internado desde 1º de setembro após consumir gim comprado em uma adega de São Paulo, afirmou que ele segue com estado de saúde “muito crítico”. A suspeita é de que o jovem tenha sido intoxicado com metanol.

Rafael, 28, está em coma e internado em um hospital particular de Osasco, na Grande São Paulo. Segundo a Helena Anjos, mãe dele, o jovem segue tomando remédios para tentar controlar a febre e a pressão no hospital.

“Cada minuto é um milagre”, afirmou a mulher em publicação nas redes sociais. O jovem respira por aparelhos e o quadro dele é considerado irreversível para a medicina, mas a mulher afirmou que o filho “segue lutando pela vida”.

Rafael consumiu gim com energético um dia antes de passar mal. A bebida foi comprada em uma adega próxima à casa dele no dia 23 de agosto, informou a mãe à TV Globo. Um amigo que bebeu com ele também foi internado com problemas na visão, mas se recuperou e recebeu alta do hospital dias depois.

A mãe de Rafael explicou que a toxicidade do metanol foi removida do sangue do filho, mas a visão e o cérebro dele já estavam afetados. Hoje, além do caso de Rafael, outros 22 casos de contaminações por metanol são investigadas em São Paulo.

MAIS DE 20 CASOS ESTÃO SOB INVESTIGAÇÃO

Governo de SP anunciou nesta terça-feira (30) que registrou 22 casos de intoxicação por metanol. Sete foram confirmados e 15 estão em investigação. As cidades que registraram essas ocorrências são São Paulo, São Bernardo do Campo, Limeira e Itapecerica da Serra.

Do total, cinco casos resultaram em morte, das quais está confirmado que uma tem relação com a ingestão de bebidas alcoólicas. As outras quatro estão sendo investigadas. O protocolo prevê coleta de sangue ou urina, análise laboratorial e, depois, investigação sobre as condições da ingestão.

Todos os casos deram positivo para metanol, mas o governo paulista investiga como essa intoxicação aconteceu: se por ingestão de bebida adulterada ou por consumo intencional. O protocolo prevê coleta de sangue ou urina, análise laboratorial e, depois, investigação sobre as condições da ingestão.

Três bares e uma distribuidora foram interditados nesta terça-feira. O bar Ministrão, nos Jardins, e o bar Torres, na Mooca, foram fechados temporariamente. Uma distribuidora na Vila Mariana e um bar em São Bernardo do Campo também foram interditados pela vigilância.

Donos do bar Torres disseram colaborar com as investigações e negaram irregularidades na aquisição de bebidas. O bar Ministrão não se manifestou e deletou perfil que mantinha nas redes sociais. A reportagem não conseguiu confirmar os nomes do bar em São Bernardo do Campo e da distribuidora na Vila Mariana.