SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A segunda edição do CNU (Concurso Nacional Unificado), cujas provas objetivas serão realizadas neste domingo (5) em 228 cidades do Brasil, terá um passo a passo de como fazer o exame, a ser divulgado até sexta-feira (3) para evitar que os candidatos cometam erros como na edição do ano passado.
A informação é da ministra Esther Dweck, do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviço Público) e foi dada durante entrevista ao programa “Bom dia, Ministra” na manhã desta quarta (1º).
Segundo Esther, o candidato precisa ler a folha de rosto e seguir as orientações contidas nela sob pena de desclassificação.
No CNU 1, candidatos que não marcaram o tipo de prova no cartão de respostas foram eliminados, conforme previa o edital. No entanto, participantes alegaram não foram orientados pelos fiscais e a ministra chegou a dizer que não haveria a eliminação, mas teve de voltar atrás depois.
“Leiam a folha de rosto no dia da prova, leiam. Um dos requisitos para poder fazer a prova é fazer a prova com todos os seus comandos”, diz.
O CNU é o maior concurso público do país. Neste ano, são 761,5 mil inscritos para 3.652 vagas em 32 órgãos públicos.
No programa, a ministra pediu para que os candidatos se atenham a ao menos dois pontos: que é ler a folha de rosto da prova e conferir o endereço da escola onde farão o exame, conforme o que está escrito no cartão do candidato.
Ela afirma ainda que, se possível, é necessário levar o cartão do candidato impresso, embora não seja obrigatório. Também é necessário estar com documento de identificação com foto e caneta esfereográfica de tinta preta ou azul, com tubo transparente.
Esther explicou ainda as mudanças realizadas pelo MGI no edital do concurso, cuja retificação foi publicada na segunda-feira (29) para ampliar a participação de candidatos que concorrem pelas cotas na segunda fase da seleção, a ser realizada em dezembro.
Ela também reforçou que é necessário chegar cedo e respeitar os horários de fechamento dos portões, cuja referência é o horário de Brasília. A abertura dos portões será às 11h30 e o fechamento, às 12h30. As provas começam às 13h. “A gente não quer ‘Indiana Jones’ passando por baixo do portão”, brincou.
LOGÍSTICA E SEGURANÇA DAS PROVAS
De acordo com Esther, as provas já chegaram às capitais e grandes cidades, para depois serem distribuídas aos locais de exames. A banca organizadora é a FGV (Fundação Getulio Vargas), e o local em que o exame foi desenvolvido era uma unidade no interior de Minas Gerais.
A logística conta com apoio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), como ocorreu no ano passado, com o Ministério da Justiça e com forças de segurança dos estados. As provas foram escoltadas por terra pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) e no ar pela PF (Polícia Federal). Há escolta também no transporte por barco.
Neste ano, todas as salas terão detector de metais e detector de ponto eletrônico para evitar uso de equipamentos eletrônicos e/ou vazamentos que possam anular o concurso.
No dia da prova, há ainda o reforça da segurança com colaboração dos estados, envolvendo polícias militar e civil, bombeiros e Defesa Civil. Em Brasília, a ministra e uma equipe fazem o monitoramento de dentro de uma área de comando e controle na Asa Norte, monitorando todo o país.
AUMENTO DAS COTAS E MUDANÇA NO EDITAL
A nova Lei de Cotas foi citada pela ministra para explicar as mudanças feitas no CNU 2, que neste ano incluiu indígenas em todas as vagas e trouxe a possibilidade de concorrer como quilombola. Na edição de 2024, houve cotas para indígenas apenas na Funai.
Em 2025, 30% das vagas serão destinadas a cotistas, e para garantir a ampliação das cotas também no cadastro de reserva, o edital do concurso foi modificado fazendo com que representantes de todos os grupos de cotas sejam enviadas para a segunda fase da seleção, na prova discursiva.
Cargos que tinham ao menos uma vaga terão nove candidatos que concorrem por cada modalidade, incluindo ampla concorrência, pessoas negras, indígenas, quilombolas e com deficiência. Antes, apenas postos com ao menos 25 vagas estavam com a representatividade por cotas garantida.
“Temos de garantir que pessoas negras, quilombolas, indígenas e com deficiência passem para a segunda fase. Vai chamar nove vezes o número de vagas para fazer a prova discursiva; com isso a gente garante que vai ter no cadastro de reserva pessoa de todas as cotas”, diz.
CADASTRO DE RESERVA DO CNU 1
A ministra afirma que as pessoas que estão no cadastro de reserva do CNU 1 devem ser convocadas “em breve”. Segundo Esther, nem todos os cargos serão chamados. A previsão é dar preferências para Inpi e agências reguladoras.
As convocações devem ocorrer nos próximos dias ou, no máximo, nas próximas semanas. A ministra diz que quem está na lista não deve se preocupar com o fato de que será realizado um novo concurso. Isso porque são vagas diferentes.
“O CPNU 2 não tem vagas iguais aos do CPNU 1; isso não pode, é até ilegal, não tem sobreposição”, afirma.
A edição de 2024 tem validade de um ano, podendo ser prorrogada por mais um, o que significa que os candidatos que estão no cadastro de reserva ainda têm boas chances de serem chamados até, pelo menos, o meio do próximo ano. O CNU 2 também terá prazo de um ano prorrogável por mais um.