SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta terça-feira (30) que um dos suspeitos de atirar e matar o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes foi morto em confronto com a polícia. Umberto Alberto Gomes, 39, resistiu à prisão, segundo Derrite.
O confronto ocorreu dentro de um imóvel em um conjunto habitacional em São José dos Pinhais (PR), na região metropolitana de Curitiba, para onde o suspeito havia fugido. Com ele, segundo as autoridades, foi encontrada uma pistola Glock calibre .40.
“No momento da prisão, esse indivíduo preferiu entrar em confronto com os policiais e foi neutralizado”, disse Artur José Dian, delegado-geral de São Paulo. A operação foi realizada pela equipe do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) que investiga roubo a banco, com apoio da Polícia Civil do Paraná. Um helicóptero da polícia de SP também foi usado na operação.
Ainda segundo a gestão paulista, Gomes teve as impressões digitais encontradas em uma casa em Mongaguá (SP) que teria sido usada como base pelos criminosos. As diligências para prendê-lo começaram no sábado (27) e terminaram na manhã desta terça.
Gomes teria passagens por roubo e organização criminosa.
Ainda segundo o delegado-geral, oito suspeitos de envolvimento no homicídio já foram identificados e quatro deles estão presos. Três estão foragidos.
OUTROS SUSPEITOS
A Polícia Civil pediu a prisão de oito pessoas por suspeita de envolvimento na morte de Fontes. Todas elas foram decretadas pela Justiça.
O dono da casa em Praia Grande que teria sido usada por envolvidos no assassinato se apresentou em uma delegacia.
William Marques, 36, está detido no Deic. Ele é irmão de um policial militar, que não possui envolvimento com o caso.
Segundo a polícia, foi nessa casa que Dahesly Oliveira Pires, 25, presa na semana passada, teria retirado um fuzil usado no assassinato do ex-policial.
De acordo com a polícia, Dahesly mora em Diadema e tem passagem por tráfico de drogas. Ela chegou a negar que soubesse o conteúdo o pacote que transportava, mas depois admitiu que que se tratava de um fuzil, segundo os investigadores.
Outro suspeito é Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, namorado de Dahesly, que teria pedido a ela para transportar o armamento. Ele está foragido.
O segundo procurado é Felipe Avelino da Silva, 33, conhecido como Mascherano. Segundo a polícia, ele seria integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital). Outro suspeito é Flávio Henrique Ferreira de Souza, 24. A reportagem não conseguiu localizar a defesa deles.