SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Subiu para cinco o número de mortos por intoxicação com metanol no estado de São Paulo, segundo o secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva.

A declaração foi dada nesta terça-feira (30) em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Também participaram da coletiva o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

De acordo com Eleuseus, no total há 22 casos envolvendo a contaminação por metanol —7 confirmados e 15 em investigação. Desses, cinco pessoas morreram, sendo que até o momento em apenas um desses casos há confirmação de que a morte se deu após a ingestão de bebida adulterada.

A Polícia Federal abriu nesta segunda-feira (29) um inquérito para investigar os casos. A medida foi uma determinação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, segundo o mesmo anunciou em entrevista coletiva nesta terça-feira (30).

O ministro disse que a situação é grave e foge dos padrões comuns e que o inquérito policial tem o objetivo de verificar a procedência da droga e a rede possível de distribuição. Segundo ele, “ao que tudo indica, [a rede de distribuição] transcende os limites de um único estado”, apesar de, no momento, as ocorrências estarem concentradas em São Paulo, ao justificar a competência da Polícia Federal.

O diretor da PF, Andrei Rodrigues, disse que o órgão vai investigar o caso e que as respostas virão em “um curto espaço de tempo”. Também disse que esse trabalho será feito junto com outros órgãos, como a Polícia Civil de São Paulo.

Ele também justificou a atuação da PF no caso afirmando que é possível conexões com investigações recentes do órgão em São Paulo e no Paraná sobre a cadeia de combustíveis, já que parte da importação de metanol passa pelo porto de Paranaguá. Ainda será investigado, segundo o diretor, a relação disso com o crime organizado.