BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o aumento de casos de intoxicação por metanol em São Paulo, uma substância tóxica capaz de causar cegueira e morte, nesta segunda-feira (29).

A medida foi uma determinação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, segundo o mesmo anunciou em entrevista coletiva nesta terça-feira (30).

O ministro disse que a situação é grave e foge dos padrões comuns e que o inquérito policial tem o objetivo de verificar a procedência da droga e a rede possível de distribuição.

O diretor da PF, Andrei Rodrigues, disse que o órgão vai apurar as circunstâncias do caso e que as respostas virão em “um curto espaço de tempo”. Também disse que esse trabalho será feito junto com outros órgãos, como a Polícia Civil de São Paulo.

Até o momento, seis casos de intoxicação ligados ao consumo de bebida alcoólica adulterada foram confirmados e seguem em apuração pela Polícia Civil. Há também dez casos sob investigação, dos quais três resultaram em mortes —a causa dos óbitos foi intoxicação por metanol, mas ainda não está confirmado se o consumo se deu por bebida adulterada.

A Polícia Civil investiga bares e adegas suspeitas de venderem bebidas alcoólicas intoxicadas. A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) diz que as adulterações podem estar ligadas à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).