Da Redação

Durante participação no Itaú Macro Vision, em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que as tarifas de 50% aplicadas pelo governo Donald Trump sobre produtos brasileiros não terão impacto relevante sobre a macroeconomia, mas já representam um problema para a vida cotidiana de muitas famílias.

“No cenário macro, não vemos grandes riscos. Mas, no micro, o efeito é real e pesa no bolso de quem depende diretamente desse comércio”, disse Haddad na última segunda-feira (29).

O ministro lembrou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não acionou, até o momento, a chamada Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso para autorizar medidas contra países que adotem barreiras comerciais ao Brasil.

Esperança em acordo

Haddad demonstrou confiança de que o tarifaço não será duradouro e defendeu a via diplomática para resolver o impasse.

“Sempre acredito que o bom senso vai prevalecer. O presidente não fez um único discurso de animosidade. Estamos conduzindo o processo com dignidade, buscando uma negociação”, afirmou.

Críticas ao efeito bilateral

Na avaliação do ministro, as tarifas impostas prejudicam não apenas o Brasil, mas também os próprios Estados Unidos. Segundo ele, o gesto protecionista de Trump gera entraves comerciais desnecessários e poderá ser revertido com diálogo.