Da Redação
Um estudo divulgado nesta terça-feira (30/9) pela Transparência Internacional – Brasil colocou Goiás no topo da lista quando o assunto é transparência na execução de obras públicas. O estado alcançou 95 pontos, a maior nota do país, enquanto a média nacional ficou em 68,8 pontos.
Na outra ponta, Bahia e Tocantins amargaram a última posição com apenas 23 pontos cada, revelando desigualdades regionais significativas.
Além de Goiás, apenas o Ceará mantém plataformas completas que permitem acompanhar a parte física e financeira das obras. Já quando o foco são as emendas parlamentares, só três unidades da federação — Acre, Minas Gerais e Distrito Federal — oferecem prestação de contas integral.
Como funciona o levantamento
O Índice de Transparência e Governança Pública (ITGP) avaliou os 26 estados e o Distrito Federal com base em 106 critérios, que vão de acesso a dados até mecanismos de participação popular. As notas variam de zero a 100 e classificam os governos em cinco níveis: “ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim” e “péssimo”.
Entre os melhores colocados, todos com desempenho considerado “ótimo”, estão Espírito Santo (95), Goiás (93), Minas Gerais (89), Ceará (89), Distrito Federal (85) e Alagoas (81). São Paulo aparece em 10º lugar, com 76 pontos, e o Rio de Janeiro em 17º, com 64.
Já no bloco intermediário, com desempenho apenas “regular”, aparecem Amapá (47), Roraima (48), Acre (50), Piauí (51) e Sergipe (51). Nenhum estado foi classificado como “ruim” ou “péssimo” em 2025.
O que foi avaliado
O levantamento também detalha oito áreas específicas. Entre os destaques:
- Plataformas digitais: melhor média nacional (89 pontos), com Espírito Santo, Minas Gerais, Ceará, DF e Amazonas no topo.
- Transformação digital e comunicação: Goiás, Ceará e Rio Grande do Sul alcançaram nota máxima.
- Dados públicos: Goiás e Espírito Santo figuram entre os melhores; Sergipe teve apenas 14 pontos.
- Obras públicas: Goiás novamente lidera, com 95 pontos, enquanto Bahia e Tocantins ficaram em último.
- Participação social: ainda é o ponto mais frágil, com média nacional de 52 pontos; RJ, Amapá e Bahia registraram apenas 15.
Evolução desde 2022
Apesar das falhas ainda presentes, o estudo mostra avanços em relação à primeira edição, feita em 2022. Naquele ano, apenas 10 estados divulgavam dados sobre incentivos fiscais; agora são 22. Além disso, novos critérios foram adicionados, incluindo a análise de como os governos estaduais regulamentam a Lei de Licitações, especialmente em contratos de grande vulto.
Com isso, Goiás não apenas lidera no presente, mas também simboliza a pressão crescente por transparência e integridade na gestão pública brasileira.