(UOL/FOLHAPRESS) – As líderes do Hamas analisam a proposta de cessar-fogo de Trump para encerrar a guerra em Gaza, após o encontro entre o americano e o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu nesta segunda-feira (29).
Liderança de grupo extremista examina termos de proposta. A liderança do Hamas recebeu o acordo de líderes do Qatar e do Egito após a reunião entre Netanyahu e Donald Trump, primeiro-ministro de Israel. De acordo com reportagem da BBC, uma figura importante do grupo militante afirmou que os termos só serão aceitos se estiverem inclusos a retirada de Israel de Gaza e o fim da guerra. O jornal britânico disse ainda que, segundo a fonte palestina, os termos estariam alinhados à visão de Israel e não protegeriam os interesses de Gaza.
Netanyahu disse aceitar acordo, mas refutou a criação de um Estado da Palestina. Depois do encontro com o republicano, ele afirmou que a proposta não está prevista nos termos e que o Exército de Israel vai continuar a operar em Gaza. “Nos oporemos com veemência a um Estado palestino”, afirmou em um vídeo publicado nas redes sociais.
Plano tem 20 pontos e inclui libertação de reféns, vivos ou mortos, e rendição de Hamas. Um dos pontos descritos é a criação de um governo transitório, que supervisionaria a gestão do território. Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico, é o nome cotado para assumir a função. Os integrantes do grupo teriam de entregar as armas.
Caso o grupo militante rejeite esta proposta, Israel tem aval dos Estados Unidos para “eliminá-lo”. Em entrevista coletiva após o encontro, o presidente dos EUA afirmou que o chefe de Israel teria seu apoio para “fazer o que for preciso para destruir” os militantes