SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O CVS (Centro de Vigilância Sanitária) do Estado de São Paulo, em parceria com Polícia Civil e a Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), da Prefeitura de São Paulo, realizam nesta segunda-feira (29) ações de fiscalização e investigação em bares e adegas onde supostamente ocorreram casos suspeitos de intoxicação por consumo de bebida adulterada por metanol.
Seis casos foram confirmados no estado, com três mortes. Há ao menos outros dez casos de intoxicação em investigação na capital.
Um dos bares alvo da ação é um estabelecimento localizado na alameda Lorena, no Jardim Paulista, bairro nobre da capital paulista, onde uma das vítimas disse ter consumido bebida alcoólica antes de passar mal e perder a visão.
Altamente tóxico para o corpo humano, o metanol atinge principalmente o fígado, mas pode também provocar lesões no nervo ótico e causar cegueira.
De acordo com o CVS, foram apreendidas cerca de cem garrafas de bebidas destiladas no bar, que não teve o nome divulgado pelas autoridades. O estabelecimento também foi autuado porque havia produtos sem rótulo no local e os responsáveis não puderam comprovar a procedência de bebidas.
“Não estou enxergando nada”, disse a designer de interiores Rhadarani Domingos em entrevista veiculada na noite deste domingo (28) pelo Fantástico, da TV Globo. Ela, que está internada, contou que consumiu três caipirinhas de frutas vermelhas com maracujá e vodca no bar nos Jardins.
A operação ainda está em andamento na tarde desta segunda, com agentes de fiscalização em um bar na Mooca, na zona leste de São Paulo, que também não teve o nome divulgado.
JOVENS INTOXICADOS COMPRARAM GIM EM ADEGA NA ZONA SUL
No final de agosto, cinco jovens com idades entre 23 e 27 anos foram intoxicados com metanol após o consumo de uma conhecida marca de gim importado. Segundo as vítimas relataram à polícia, a bebida foi comprada em uma adega do bairro residencial Jardim Guanhembú, nas proximidades do Sesc Interlagos.
Quatro pessoas desse grupo de amigos precisaram de atendimento hospitalar. Um deles, um jovem de 27 anos, continua internado, em coma.