SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil cumpre na manhã desta segunda-feira (29) novos mandados de busca e apreensão relacionados à investigação do assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. São oito mandados em endereços de Santos, Praia Grande e São Vicente, no litoral paulista.

Os alvos são pessoas que teriam contato com funcionários da Prefeitura de Praia Grande. Uma das linhas de investigação apura que a motivação do crime esteja ligada à atuação do ex-delegado como secretário de Administração na cidade litorânea —cargo que ocupa desde 2023.

A operação é realizada pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). “As diligências estão em andamento, e mais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”, informou em nota a SSP (Secretaria de Segurança Pública).

Ruy Ferraz Fontes, 64, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e considerado um dos maiores especialistas no PCC, foi assassinado na noite do último dia 15 de setembro em Praia Grande, na Baixada Santista.

A Polícia Civil já pediu a prisão de oito pessoas por suspeita de envolvimento na morte de Ruy Ferraz. Todas elas foram decretadas pela Justiça, no entanto quatro suspeitos continuam foragidos.

O dono da casa em Praia Grande que teria sido usada por envolvidos no assassinato se apresentou em uma delegacia. William Marques, 36, está detido no Deic. Ele é irmão de um policial militar, que não possui envolvimento com o caso. A defesa de Marques afirma que ele não tem relação com o crime.

Segundo a polícia, foi nessa casa que Dahesly Oliveira Pires, 25, presa na semana passada, teria retirado um fuzil usado no assassinato do ex-policial.

De acordo com a polícia, Dahesly mora em Diadema e tem passagem por tráfico de drogas. Ela chegou a negar que soubesse o conteúdo o pacote que transportava, mas depois admitiu que que se tratava de um fuzil, segundo os investigadores.

Entre os foragidos está Humberto Alberto Gomes, último suspeito identificado pela investigação. Ele teve as impressões digitais encontradas em uma casa em Mongaguá (SP) que teria sido usada como base pelos criminosos.

Outro suspeito é Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, namorado de Dahesly, que teria pedido a ela para transportar o armamento. Ele também está foragido.

Também são procurados Felipe Avelino da Silva, 33, conhecido como Mascherano e Flávio Henrique Ferreira de Souza, 24. A reportagem não conseguiu localizar a defesa deles.