Da Redação

O jornalismo esportivo brasileiro perdeu, nesta segunda-feira (29), uma de suas vozes mais reconhecidas e queridas. Paulo Soares, conhecido pelo público como o “Amigão”, morreu aos 63 anos, em São Paulo, após complicações de saúde. Ele estava internado havia cinco meses no Hospital Sírio-Libanês. Segundo comunicado da ESPN, a causa foi falência múltipla dos órgãos.

Despedida em São Paulo

O velório acontece nesta segunda-feira (29), das 13h às 17h, no Funeral Home, em São Paulo. Familiares, amigos e colegas de profissão são esperados para a última homenagem.

A notícia da morte foi inicialmente compartilhada pelo colega Alex Tseng, também da ESPN, em publicação nas redes sociais. Pouco depois, a própria emissora confirmou oficialmente a informação e ressaltou a importância de Soares para a história do canal.

Três décadas de ESPN e a parceria inesquecível

Soares iniciou sua trajetória na emissora no início dos anos 1990 e, em mais de três décadas, se tornou um dos rostos mais emblemáticos da casa. Foi no SportsCenter que construiu sua marca, conquistando o público ao lado do comentarista Antero Greco.

A dupla se destacou pelo entrosamento, pelo humor e pela naturalidade na condução do noticiário esportivo. Momentos descontraídos entre os dois viralizaram em diferentes plataformas, reforçando o carisma de Soares. O apelido “Amigão” surgiu justamente durante o programa e se transformou em sua identidade profissional.

Em 2024, Soares perdeu o parceiro de longa data. Antero Greco morreu em maio, vítima de um tumor no cérebro. Juntos, eles comandaram o SportsCenter por aproximadamente 20 anos, estabelecendo uma das duplas mais lembradas da televisão esportiva brasileira.

Luta pela saúde

Nos últimos anos, o apresentador enfrentava uma série de problemas médicos, especialmente na coluna. Em 2023, revelou ter passado por seis cirurgias na região. As complicações o afastaram em diferentes períodos da bancada que ajudou a consolidar, mas não apagaram sua marca de carisma e companheirismo, lembrada por colegas e fãs.

Paulo Soares deixa um legado de dedicação ao jornalismo esportivo, carisma diante das câmeras e a lembrança de que, para muitos telespectadores, o “Amigão” era mais do que um apelido — era um jeito de estar perto de quem o assistia.