Da Redação

O Supremo Tribunal Federal terá um novo comando a partir desta segunda-feira (26). O ministro Edson Fachin assume a presidência da Corte para um mandato de dois anos, tendo como vice o ministro Alexandre de Moraes. A cerimônia oficial está marcada para as 16h, em Brasília, e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e dos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre.

Fachin substitui Luís Roberto Barroso, que encerra o período à frente do STF. A escolha do novo presidente seguiu a tradição: o cargo vai para o ministro mais antigo que ainda não ocupou a chefia do tribunal.

Diferente de outros colegas, Fachin dispensou a festa tradicional oferecida por associações da magistratura. Conhecido pelo perfil discreto, ele deve evitar embates políticos diretos e se concentrar na condução de julgamentos com grande repercussão.

Logo em sua primeira semana, a Corte terá um tema de forte impacto social em pauta: o julgamento sobre o vínculo empregatício de motoristas e entregadores de aplicativos, debate conhecido como “uberização”.

Trajetória

Natural de Rondinha (RS) e formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná, Fachin chegou ao STF em 2015 por indicação da então presidente Dilma Rousseff. No tribunal, atuou como relator da Operação Lava Jato, do processo do marco temporal das terras indígenas e da ação que buscou reduzir a letalidade policial em favelas do Rio de Janeiro.

Já o novo vice-presidente, Alexandre de Moraes, está no STF desde 2017, indicado por Michel Temer após a morte do ministro Teori Zavascki. Formado pela USP, Moraes foi secretário de Segurança e de Transportes em São Paulo, além de ministro da Justiça no governo Temer. No Supremo, ele ganhou protagonismo como relator das ações penais relacionadas à tentativa de golpe de Estado.