SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Emma Willis compartilha a experiência de cuidar do marido, Bruce Willis, que convive com a demência frontotemporal, no livro “O rumo inesperado: Como recuperar a força, a esperança e se reencontrar na jornada do cuidado”, lançado no Brasil pela editora Bestseller.
Em entrevista ao Fantástico (Globo), Emma disse que cuidar do ator de 70 anos é como “um longo adeus, uma jornada que progride lentamente. Com o tempo, você percebe que precisará de mais ajuda e apoio”.
A atriz contou que, no início, foi difícil identificar os sinais da demência: “A gente foi percebendo que tinha algo estranho na forma como o Bruce se comunicava. Quando era criança, ele tinha muita gagueira e foi superando isso ao longo dos anos para poder atuar. Quando a gagueira voltou, eu jamais poderia imaginar que aquilo era um sinal”.
Willis havia sido diagnosticado com afasia em um primeiro momento, condição que compromete a capacidade de um indivíduo se comunicar e entender a linguagem escrita ou falada. A descoberta o levou a se afastar dos estúdios em março de 2022. Depois, um segundo diagnóstico revelou que o ator estava com demência.
Ela disse que chegou a duvidar do próprio casamento, porque não conseguia compreender certos comportamentos que o marido passou a ter. “Estou ficando louca?”
Com o diagnóstico fechado, ela disse que precisou de um tempo para assumir o papel de cuidadora: “Eu queria resolver tudo sozinha. Eu pensava, o Bruce é meu marido, meu amor, só eu posso fazer isso. Eu era muito resistente à ideia de aceitar ajuda”
Quando a doença foi avançando e Bruce precisou de mais cuidados, o neurologista a alertou: “‘Cuidadores que não pedem ajuda e nem cuidam de si mesmos podem morrer antes das pessoas que eles amam’. Ouvir isso foi um choque de realidade porque eu não quero que as nossas filhas percam o pai e a mãe'”.
O casal tem duas filhas, Mabel, 13, e Evelyn, 11. O ator também é pai de Rumer, 37, Scout, 34, e Tallulah, 31, do casamento com Demi Moore. Segundo Emma, as filhas dão grande apoio ao pai.