SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal, afirmou nesta sexta-feira (26) que realizou o transplante de rim no paciente correto após um erro que levou a instituição a operar a pessoa errada.
Segundo o hospital, o procedimento foi feito sem intercorrências, e o paciente está em condição estável, internado em UTI. Ele passou pelo processo de teste de compatibilidade sanguínea antes da operação.
O outro paciente que havia recebido o órgão por engano, incompatível com seu tipo sanguíneo, permaneceu internado no HUOL, mas recebeu alta nesta sexta-feira. Ele foi recadastrado como prioridade na fila de transplantes.
O erro teria ocorrido porque os dois pacientes tinham nomes semelhantes. O hospital disse em nota que abriu processo interno para apurar os responsáveis, com previsão de conclusão em 60 dias.
A reportagem procurou a Central de Transplantes do Rio Grande do Norte, responsável pela gerência da fila, mas ainda não obteve resposta.
O Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) diz que, desde 1998, é referência no Rio Grande do Norte e no Brasil em transplantes de rim e de córnea, tendo realizado 854 procedimentos ao longo de sua trajetória.
No Brasil, a fila de espera por um transplante de rim é a maior para órgãos sólidos, que são coração, pulmão, rim, pâncreas e fígado. De acordo com os dados do relatório do Ministério da Saúde, atualmente a maior demanda por transplantes no país é de rim, com 43.867 pacientes na fila, seguida por córnea (33.260), fígado (2.305) e coração (448).
Na distribuição por estados, São Paulo concentra o maior número de pessoas à espera de órgãos, com 22.613, seguido por Minas Gerais (4.250) e Paraná (2.695). No caso específico de córnea, São Paulo também lidera (6.862), à frente do Rio de Janeiro (5.311) e de Minas Gerais (4.598).