SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As internações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) por influenza A e Covid-19 aumentaram em Goiás e no Distrito Federal, conforme mostra o boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (25). Esse cenário é considerado pelos pesquisadores uma segunda onda altamente atípica neste ano. A análise refere-se à semana de 14 a 20 de setembro.
O boletim também revelou aumento na incidência de Srag em oito estados: Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Piauí, além do Distrito Federal.
Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e responsável pelo boletim, o rinovírus tem sido o principal responsável pelo aumento desses casos em alguns desses estados, especialmente entre crianças e adolescentes.
Portella também informa que o vírus sincicial respiratório é responsável pelo aumento de casos de Srag em crianças de até dois anos no Amazonas. O metapneumovírus, por sua vez, tem sido responsável pelo crescimento do número da síndrome em crianças no Espírito Santo. Já a Covid-19 continua impulsionando o crescimento do número de casos de Srag no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo.
O levantamento também mostra que seis capitais apresentam níveis de Srag em alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas, com indício de crescimento na tendência a longo prazo. São elas: Teresina, São Luís, Florianópolis, Porto Alegre, Manaus e Brasília
Nas últimas oito semanas, os casos e mortes por Srag afetaram mais crianças pequenas e idosos. A incidência é maior entre as crianças, enquanto a mortalidade se concentra nos idosos, especialmente os com 65 anos ou mais. A Covid-19 e a influenza A são as principais causas entre os idosos, enquanto o VSR e o rinovírus predominam entre as crianças.