RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Uma operação da Polícia Civil no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, terminou com a morte de Edmilson Marques de Oliveira, conhecido como Cria, apontado como um dos chefes do TCP (Terceiro Comando Puro), na manhã desta sexta-feira (25). A ação, marcada por intenso tiroteio, assustou moradores da região, interrompeu atividades em escolas e fechou a Linha Amarela.

De acordo com a polícia, a operação —deflagrada de maneira emergencial— tinha como objetivo conter os planos de criminosos que planejavam atacar uma comunidade rival. Agentes foram enviados às comunidades da Vilas do João e Pinheiros, ambas controladas pelo TCP. A chegada das equipes, segundo a corporação, teria resultado em um intenso confronto armado.

O alvo dos agentes era Oliveira, que teria assumido a liderança da facção após a morte de Thiago da Silva Folly, em maio, segundo investigações.

“A Polícia Civil já monitorava esse narcotraficante ligado ao Terceiro Comando Puro há 60 dias. Nesta sexta, percebemos uma movimentação atípica no Complexo da Maré, mostrando que uma invasão ao morro dos Macacos era iminente. O Cria era considerado o homem da guerra, planejava as invasões e disputa territorial da facção. É um narcoterrorista, responsável por dezenas de homicídios, extremamente perigoso e matava não só criminosos rivais, mas também moradores por simples desconfiança”, explicou o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.

A reportagem tenta localizar a defesa de Oliveira.

Durante a operação, a Linha Amarela, que liga a zona norte a oeste, precisou ser interditada em diferentes pontos, entre a Linha Vermelha e avenida Brasil.

Alunos e funcionários da Escola Municipal Vereadora Marielle Franco interromperam as atividades para se abrigar junto ao chão, nos corredores, para se proteger dos disparos. Não há registro de feridos.

A Secretaria Municipal da Saúde informou que uma unidade de Atenção Primária precisou suspender o atendimento em razão da operação.