SÃO CARLOS, SP (FOLHAPRESS) – A Latam sempre esteve tranquila e não tinha como objetivo ser a maior companhia que opera no Brasil. A afirmação foi feita por Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil, em relação ao anúncio do fim da possibilidade de fusão entre suas rivais Gol e Azul, feito nesta quinta-feira (25).

Cadier disse nesta sexta (26) em São Carlos (a 232 km de São Paulo), onde a Latam inaugurou um novo hangar para manutenção completa do Boeing 787 Dreamliner, com investimento de R$ 40 milhões, que tinha confiança de que a fusão teria de ser discutida pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

“Independente do que foi anunciado ontem ou não, a gente desde o começo se posicionou sempre confiando em que esse eventual processo, esse rumor de fusão, fosse analisado pelo Cade. Da forma correta, como o Cade sempre atua, então a gente sempre confiou que naturalmente isso iria transcorrer e em algum momento isso iria passar pelo Cade. Não chegou até isso, e as companhias tomaram a decisão, que eu acho que cabe a pergunta a elas de por que que essa decisão foi tomada”, disse.

“A gente está sempre tranquilo, estava tranquilo naquele momento e continua tranquilo […] Nosso objetivo nunca foi ser a maior companhia, sempre buscando abrir rotas que são sustentáveis para que a companhia continue viva e forte como tem sido nos últimos anos, investindo e se expandindo. Não nos preocupava necessariamente que a liderança estivesse ou não com a gente, o importante é sustentabilidade e crescimento sustentável”, disse.

O fim das negociações sobre uma possível combinação de negócios das duas companhias aéreas foi anunciada na noite de quinta-feira (25) pela Abra, controladora da Gol, que desistiu do processo meses depois das primeiras conversas sobre a fusão. As ações da Gol e da Azul estão em forte disparada no pregão da Bolsa desta sexta-feira (26).