SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – “Três Graças” será a próxima novela das 21h da Globo, com estreia em outubro no lugar de “Vale Tudo”. A história de Aguinaldo Silva que se passa na zona norte de São Paulo vai combinar drama, romance e humor que transita em entre a periferia e poderosos da industria farmaceutica. Os responsáveis por antagonizar e trazer os conflitos da trama são os vilões Ferretti (Murilo Benício) e Arminda (Grazi Massafera), casal responsável pela fábrica de remédios falsos que a protagonista tenta desmascarar.

Massafera descreve sua personagem como divertida e que pode vir a ser amada pelo público. “Tem um tom acima, são personagens de composição. A Arminda tem um lugar cômico e muito natural de falar coisas horríveis”, disse. Ela também falou sobre a experiência de fazer uma vilã tem sido muito construtiva junto ao parceiro de cena e afirmou que “é difícil fazer gente ruim”.

Benício, por sua vez, evita rótulos como vilão. “Não penso em vilão ou mocinho. Penso em pessoa, em por que ele faz tal coisa”, afirmou. Para ele, a novela é uma maratona em que o prazer está em construir o personagem ao longo do ano e divertir o público também. Eles também destacaram que atualmente é uma boa época para fazer vilões, porque o público tem uma aceitação maior dessas figuras

Ainda no núcleo dos antagonistas, Pedro Novaes, que fará o papel do filho do vilão, antecipa seu personagem Léo moldado pela pressão familiar. “O Léo nasceu dentro dessa riqueza, luxúria da família Feretti. Ele acha que sabe das coisas, mas na verdade está descobrindo ainda”, resume. No caminho, uma paixão empurra o personagem para fora da própria bolha e o leva a fazer descobertas sobre as falcatruas do pai que ele admira e da empresa que será herdeiro.

Muito próximo a essas confusões e maldades, aparece como válvula de escape a vizinhança do prédio onde os vilões residem. Augusto Madeira, que faz o porteiro Rivaldo, contou que sua família é “operística” e “bem disfuncional”, com a fofoca como motor da narrativa: “A fofoca ajudou a construir a humanidade, então vai ajudar a construir essa novela”, brincou. A dinâmica, segundo ele, tomou conta da cidade cenográfica da Aclimação e vai criar momentos de muito entretenimento para o público, aliviando vilania dos antagonistas.

A trama também abriga uma família homoafetiva. De volta às novelas duas décadas depois, Miguel Falabella define o casal que forma com Samuel de Assis como “a família mais funcional da trama”, com uma filha e rotinas que interessam justamente pela normalidade. “É uma relação de amor. Vai ter percalços porque é novela, mas é de uma beleza grande”, completou Samuel.