RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – As duas derrotas do Flamengo na Libertadores foram para times argentinos. E após garantir uma classificação sofrida nos pênaltis, o adversário das semifinais será o Racing (ARG), algo que já liga o alerta do técnico Filipe Luís, que tirou lições dos perrengues contra os hermanos.
CENTRAL CÓRDOBA VIRA APRENDIZADO HISTÓRICO
A chance desperdiçada de construir um resultado maior contra o Estudiantes no jogo de ida, no Maracanã, quando venceu por 2 a 1, foi uma tecla bastante batida após o avanço em La Plata (ARG). Mas para o treinador, o principal aprendizado que aconteceu em sua curta carreira de treinador até aqui foi ainda na fase de grupos, quando o Rubro-Negro perdeu para o modesto Central Córdoba, também no estádio Mário Filho, por 2 a 1.
“É uma grande lição. Na verdade, minha maior lição como treinador até aqui foi contra o Central Córdoba. A Libertadores é muito complicada, é muito difícil”, disse Filipe Luís.
IGUALAR NA VONTADE É UM CAMINHO
Filipe Luís acredita que falta ao Flamengo igualar na vontade diante dos argentinos, mesmo tendo uma equipe tecnicamente superior.
“Cada time tem uma história diferente, um contexto diferente. Mas a verdade é que as equipes argentinas são muito competitivas. Esse é o primeiro ponto, igualar essa intensidade e essa competitividade. E o que mais me surpreende deles como treinador é o quanto eles conseguem cobrir de campo, com sacrifício. Às vezes em inferioridade numérica, um atacante marcando dois, três jogadores, e isso faz com que seja complicado”, avaliou o treinador, complementando:
“Às vezes, no futebol brasileiro, com uma troca de passes, você já elimina os jogadores e já chega em uma situação confortável na área do adversário. No futebol argentino, dificilmente você vai ter essa facilidade. Então talvez essa seja a principal lição”, falou Filipe Luís.
PREVÊ CENÁRIO PARECIDO CONTRA O RACING
Filipe Luís acredita que irá se deparar com um cenário parecido dentro de campo contra o Racing. As semifinais devem acontecer nos dias 22 e 29 de outubro, mas a Conmebol ainda não confirmou oficialmente.
“Com certeza, contra o Racing, vai ser da mesma forma que foi aqui. A verdade é que é uma partida que temos que nos preparar porque será uma partida em um nível parecido de intensidade, de sacrifício e o jogo durante a fase ofensiva. O Racing é uma equipe que, pelo o que eu vi, tem muita intensidade, acelera e são muito verticais. Isso é complicado nessas partidas de ida e volta. Mas será uma partida muito linda de semifinal de Libertadores”, disse, projetando uma possível final.
“Sobretudo é desfrutar e, para estar em Lima-PER (na final), teremos que ser melhores que o Racing nos 180 minutos da série”, disse o técnico rubro-negro.