SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O arquiteto chinês Kongjian Yu, 62, o documentarista Luiz Ferraz, 42, e o diretor de fotografia Rubens Crispim Júnior, 51, fizeram três voos para fazendas próximas, no município de Aquidauana (MS), ao longo da terça-feira (23) para as gravações de um filme. Em todos eles, foram levados pelo piloto Marcelo Pereira de Barros, 59, na mesma aeronave.
Os quatro morreram no fim da tarde de terça-feira após a queda do avião, quando retornavam para o hotel em que eles se hospedavam.
No dia do acidente, começaram o dia cedo por volta das 7h com direção à Fazenda Rio Negro. Depois, às 10h40, foram à Fazenda Tupanciretã, onde almoçaram. De lá, seguiram para outra propriedade, conhecida como Fazendinha. Todas ficam em Aquidauana. Do último destino, retornavam para a Fazenda Barra Mansa, onde estava hospedados.
As informações são da delegada-titular da Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção, ao Crime Organizado e às Ações Criminosas Organizadas), Ana Cláudia Medina. O piloto Marcelo Pereira de Barros e sua aeronave já tinham sido alvo da Operação Ícaro por transporte irregular de passageiros, em 2019, por meio da Operação Ícaro.
De acordo com Medina, a operação teve como objetivo neutralizar irregularidades de táxi aéreo clandestino, que eram comuns na região pantaneira.
Como a Folha mostrou, a investigação indica que o avião voltou para a pista de pouso no período noturno após as 18h, fora do horário autorizado, que era às 17h40. O pôr do sol ocorreu às 17h39.
“Ele [avião] veio com uma performance não muito alinhada para o primeiro pouso e acabou arremetendo”, afirmou. Depois disso, segundo relato de testemunhas à delegada, eles perderam contato visual, só viram a fumaça e, depois, os destroços.