Da Redação

O sonho do River Plate de voltar ao protagonismo continental terminou de forma amarga em São Paulo. Depois de ter sido derrotado em casa pelo Palmeiras, o time argentino até reacendeu a esperança com um gol cedo no Allianz Parque. Mas o que começou em clima de otimismo acabou em frustração: o Verdão virou o jogo, venceu por 3 a 1 e carimbou a vaga na semifinal da Libertadores.

A equipe de Marcelo Gallardo até mostrou organização no primeiro tempo, equilibrando a disputa e nivelando o confronto com o gol de Maxi Salas. Porém, na etapa final, os erros individuais pesaram. Acuña foi expulso ao cometer pênalti, Armani falhou em lance decisivo, e o Palmeiras não perdoou. Vitor Roque e Flaco López selaram a virada e expuseram a diferença de intensidade entre os rivais.

A imprensa argentina não poupou críticas. O jornal Olé destacou que o River se iludiu com um “primeiro tempo confortável” e acabou castigado por sua própria acomodação. Já o La Nación lembrou o peso do investimento milionário feito nesta temporada — cerca de R$ 329 milhões em reforços — sem que o clube conseguisse sequer repetir a campanha do ano anterior.

O histórico recente reforça um estigma incômodo: quando o duelo é contra brasileiros no mata-mata, o River quase sempre fica pelo caminho. Desde 1976, são dez eliminações para clubes do País e apenas seis classificações. Em 2024, caiu diante do Atlético-MG; agora, diante do Palmeiras, volta para casa sem atingir o patamar esperado.

Eliminado pelo segundo ano seguido antes das semifinais, o River vê escapar a chance de disputar a decisão em Lima, palco da final deste ano. Já o Palmeiras, embalado e em busca de mais uma taça, aguarda o vencedor de São Paulo x LDU. As semifinais acontecem em 22 e 29 de outubro.