SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente do Conselho de Liderança Presidencial do Iêmen, Rashad Muhammad al-Alimi, criticou o terrorismo e os rebeldes houthis em seu discurso nesta quinta-feira (25) no terceiro dia da 80ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York.

Alimi evitou falar dos relatos de novos ataques de Israel contra os houthis na capital, Sanaa, que ocorreram pouco antes de ele subir à tribuna. O dirigente iemenita atacou diretamente o apoio do Irã à milícia, acusando-a de “usar a fome como arma, a religião como ferramenta e as passagens marítimas como meio de chantagem”.

Após a tomada pelos houthis da capital, Sanaa, em 2015, Alimi fugiu para a Arábia Saudita, onde mantém relações estreitas com a monarquia local. Desde 2022, é considerado o chefe de Estado legítimo do Iêmen, com poderes de presidente, embora fique baseado atualmente em Aden.

O país, no entanto, segue sem alcançar a paz, com repetidas tentativas fracassadas de mediação. Desde 2023, os houthis intensificaram ataques a navios mercantes e militares no mar Vermelho, em solidariedade aos palestinos na guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques terroristas do Hamas no 7 de Outubro.

Segundo Alimi, o Iêmen enfrenta uma das maiores crises humanitárias do mundo e tem sido tratado como um “laboratório de experimentação de armas e reorganização de poder na região”.