SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O rei da Espanha, Filipe 6º, condenou de forma inequívoca o ataque terrorista do Hamas contra Israel e reconheceu o direito do país à autodefesa, mas ressaltou que a resposta deve respeitar as leis humanitárias internacionais nesta quarta-feira (24) o cessar-fogo em Gaza e a solução de dois Estados no segundo dia da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York.

“Não podemos permanecer em silêncio ou olhar para o lado. A situação em Gaza é contrária a tudo que as Nações Unidas representam”, afirmou. O monarca destacou o orgulho das origens sefarditas da Espanha e se dirigiu a Israel “como irmãos”. “Imploramos, demandamos pelo fim do massacre em Gaza”, disse.

Filipe 6º defendeu ainda a libertação dos reféns e o envio de ajuda humanitária.

A declaração ocorre em meio à escalada das tensões diplomáticas entre os países. Em setembro, a Espanha anunciou um plano com nove medidas para “deter o genocídio em Gaza” e informou que irá cooperar com as investigações do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre as “graves violações” cometidas no enclave palestino.

Em resposta, Tel Aviv proibiu a entrada da vice-primeira-ministra espanhola no território e acusou Madrid de fomentar o antissemitismo.

Reconhecedor do Estado da Palestina desde maio de 2024, o país europeu tem se consolidado como uma das vozes mais críticas ao governo de Binyamin Netanyahu dentro da União Europeia.