SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Insper anunciou mudanças em seu programa de bolsas de estudo. A partir deste semestre, estudantes que recebem auxílios parciais não precisarão mais devolver o valor após a formatura.
A decisão beneficia tanto os alunos atuais, que foram anistiados da dívida, quanto ex-alunos que ainda estavam em processo de restituição. Antes da mudança, o modelo previa um ano de carência após a graduação e, em seguida, a devolução do valor no dobro do tempo de curso.
O formato substitui as bolsas que variavam de 30% a 80% da mensalidade. Agora, os descontos estão padronizados em dois níveis: 50% ou 75%.
De acordo com Camila Du Plessis, gerente executiva de relacionamento institucional do Insper, a restituição desestimulava candidatos e reduzia a procura pelo benefício. “A mudança visa atrair jovens talentosos de classe média, que antes descartavam a instituição por causa da dívida futura”, afirma.
A medida repete o que ocorreu em 2012 com as bolsas integrais, quando a restituição deixou de ser obrigatória e a procura aumentou. Atualmente, 90% dos bolsistas do Insper são integrais. No total, eles representam 10% dos estudantes, e a meta é dobrar esse número, chegando a 20%.
As bolsas integrais são voltadas a alunos de baixa renda, com renda familiar per capita de até dois salários mínimos. Além da isenção da mensalidade, os estudantes recebem auxílios como moradia, manutenção, notebook, curso de inglês e intercâmbio.
Já as bolsas parciais atendem jovens de classe média que não se enquadram nos critérios de renda para o benefício integral, mas não conseguem arcar com o valor cheio da mensalidade.
O programa é financiado por doações de pessoas físicas e jurídicas e pelo repasse de 5% do superávit da graduação. Para a expansão, o Insper recebeu um aporte extra que permitirá custear ao menos dez novos bolsistas. A meta de captação em 2025 é de R$ 20 milhões.
Com o fim da restituição obrigatória, a instituição lançou uma campanha para incentivar que ex-bolsistas parciais se tornem doadores voluntários.
Segundo o Insper, os cursos de engenharia e direito concentram a maior proporção de bolsistas.
VESTIBULAR 2026
O Insper está com inscrições abertas para o vestibular do primeiro semestre de 2026. São oferecidas vagas nos cursos de administração, ciência da computação, ciências econômicas, direito e engenharias (computação, mecânica, mecatrônica e produção).
O processo seletivo pode ser feito de cinco maneiras: exame vestibular próprio, notas do Enem (dos últimos três anos), notas do SAT, notas do IB Diploma ou conquistas em Olimpíadas do Conhecimento.
O vestibular será aplicado em 30 de novembro de 2025, em dez cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Goiânia, Recife, Ribeirão Preto e Salvador.
As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo site, até 5 de novembro de 2025. A taxa é de R$ 380 para todas as modalidades, com pagamento via cartão de crédito ou boleto (este último disponível até 2 de novembro).
Para os estudantes que quiserem tentar as bolsas, a candidatura vai até o dia 27 de outubro de 2025. As bolsas de estudo são válidas para todos os cursos. O candidato deve cumprir todas as etapas do processo, que conta com entrevista e envio de documentos.
Entre os documentos exigidos estão histórico escolar, comprovantes de renda familiar, carta de recomendação escolar e, no caso das bolsas integrais, comprovante de que o candidato cursou o ensino médio em escola pública ou particular com bolsa integral.
Para as bolsas integrais, os critérios incluem renda familiar per capita de até dois salários mínimos, idade entre 17 e 24 anos e não ter cursado mais de um semestre de outra graduação.
Já as bolsas parciais são voltadas a candidatos com renda familiar per capita entre dois e seis salários mínimos.
Em ambos os casos, a manutenção da bolsa depende de desempenho acadêmico, assiduidade e participação em atividades de acompanhamento.