BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – Em seu último discurso na ONU como presidente da Colômbia -já que em seu país a reeleição não é permitida-, Gustavo Petro criticou as ações do governo de Donald Trump perto da costa da Venezuela, assim como Lula tinha feito horas antes. “Dizem que era para deter o tráfico de drogas, mas isso é mentira”, afirmou o colombiano.
“Jogam mísseis em pessoas desarmadas em alto-mar, sobre 17 jovens desarmados no mar do Caribe; perseguem e aprisionam milhões de imigrantes; jogam mísseis sobre a população de Gaza. [Os tripulantes da embarcação afundada pelos EUA] não eram do cartel Tren de Aragua, eram caribenhos, possivelmente colombianos. Isso precisa ser investigado, incluindo o maior funcionário [do governo dos EUA], Donald Trump.”
Ele disse que a política de combate às drogas na região não é feita para deter a cocaína que chega aos EUA, mas para dominar os povos da América do Sul.
O político latino também defendeu a promoção de energias limpas para impulsionar a descarbonização e combater a crise climática.
“Temos dez anos até o ponto de não retorno, nenhuma tecnologia ou força política poderá deter o colapso. Mas aqui nem todos acreditam na ciência, nem o homem mais poderoso do mundo”, disse, novamente em referência a Trump, que negou a crise climática em seu discurso na ONU.