RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Um adolescente apontado pela Polícia Civil como um dos principais ladrões de carros do Rio de Janeiro e segurança do traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca, do Comando Vermelho, foi apreendido nesta terça-feira (23) por policiais militares da Coordenadoria de Polícia Pacificadora. A ação ocorreu na Penha, zona norte da capital, e contou com equipes de inteligência.

De acordo com a corporação, o jovem tinha um mandado de busca e apreensão em aberto e reagiu no momento em que foi abordado. Houve luta corporal com os policiais antes de ele ser contido. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.

Ele também responde a um inquérito na Delegacia de Atendimento à Mulher do Centro, por agressão contra uma ex-namorada, segundo a Polícia Civil.

O jovem já havia sido alvo de uma operação em 21 de julho, quando policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes tentaram apreendê-lo na casa do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, no Joá, zona oeste. Na ocasião, a tentativa de captura terminou em confronto entre agentes e pessoas que estavam no imóvel, o que resultou na prisão do artista dias depois.

Os agentes afirmam que monitoravam a movimentação do adolescente em uma viatura descaracterizada e decidiram abordá-lo quando ele deixou o imóvel acompanhado de quatro pessoas. Ainda segundo o relato dos policiais, pessoas que estavam na varanda da casa, entre elas o próprio Oruam, passaram a lançar pedras contra a equipe e incitaram um tumulto. O adolescente aproveitou a confusão e conseguiu fugir.

Um dos homens envolvidos nos ataques, Pablo Ricardo de Paula Silva de Morais, foi preso dentro da residência. Ele acabou autuado em flagrante por suspeita de desacato, resistência qualificada, lesão corporal, ameaça, dano e associação para o tráfico. Oruam e outras pessoas que estavam no local conseguiram escapar.

Dois dias depois, em 22 de julho, o rapper se entregou à polícia, após a Justiça decretar sua prisão preventiva. Ele responde a um processo por tentativa de homicídio qualificado contra o delegado Moyses Santana Gomes e o oficial Alexandre Alves Ferraz, ambos da Polícia Civil.

A acusação se baseia na versão dos agentes de que o cantor teria incitado e participado das agressões durante a tentativa de apreensão do adolescente. A defesa de Oruam nega e afirma que o processo foi fabricado e induzido a erro.