SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os acionistas da Reag Capital Holding aprovaram o pedido de cancelamento voluntário do registro da empresa como companhia aberta perante a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), nesta segunda-feira (22). O protocolo junto à comissão será feito nos próximos dias.

A empresa é uma das investigadas da operação Carbono Oculto, contra a infiltração do PCC no setor de combustível e no mercado financeiro. Desde então, a Reag passa por uma reestruturação, com venda de ativos e saída de seu fundador, João Carlos Mansur.

A empresa informou estar colaborando com as investigações.

“A decisão reflete a estratégia de simplificação societária e de foco nos negócios em que a companhia possui maior diferencial competitivo. Após a venda da Reag Investimentos (REAG3) para a Arandu e no acordo iniciado da Ciabrasf (ADMF3) com a Planner, deixou de fazer sentido a manutenção do registro de companhia aberta”, diz a Holding, em nota. A Ciabrasf e a Reag Investientos são os maiores negócios da holding.

A Reag Capital Holding é uma companhia independente da Reag Investimentos, listada em Bolsa e atualmente sob controle da Arandu, entidade detida pelos principais executivos da Reag.

“O grupo reafirma seu compromisso com a transparência e a defesa de sua reputação no mercado financeiro”, afirma a Reag Capital Holding.

Criada em 2012, a Reag está, desde janeiro deste ano, listada na B3, a Bolsa brasileira. Viveu nos últimos anos acelerado processo de crescimento, com aquisições e diversificação de investimentos, tornando-se uma das maiores gestoras independentes do país —ou seja, sem ligação com um banco— com foco na gestão de recursos e de patrimônio.

Em 28 de agosto, a Reag foi alvo de mandado de busca e apreensão em meio a uma megaoperação que mirava um esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, com participação de fundos de investimento e fintechs acusadas de receberem recursos que têm ligação com o PCC.