SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Doze das principais companhias de mídia e entretenimento bateram o recorde de gastos com conteúdo em 2024, tendo gasto cerca de US$ 210 bilhões, o equivalente a 4% a mais que 2023. A informação é da rede global KPMG, em seu relatório “Dinheiro em Movimento: O Futuro dos Gastos com Conteúdo e Modelos de Negócios na Mídia”.

A Comcast NBCUniversal ocupa a primeira posição do ranking de 2024, com um total de US$ 37 bilhões. Em segundo lugar aparece o Youtube, com US$ 20 bilhões, e a Netflix, que gastou US$ 17 bilhões.

Entre 2020 e 2024, a KPMG calculou que a taxa de crescimento anual dos gastos equivale a 10%, impulsionada por empresas de mídia tradicional que hoje investem em seus próprios serviços de streaming, como o Disney+, o Peacock, da NBCU, o Paramount+ e a HBO Max, da Warner Bros. Discovery.

A pesquisa também revela que o setor midiático ainda não atingiu o seu teto. Segundo ela, o crescimento dos gastos com conteúdo não estão crescendo de maneira uniforme. Enquanto programas esportivos, por exemplo, tendem a aumentar, o investimento em áreas como atrações roteirizadas e reality shows tem desacelerado.

De acordo com o relatório, o crescimento contínuo de streamings gratuitos, suportados por anúncios, por exemplo —caso de plataformas a Pluto TV e a Tubi, da Fox— devem impulsionar ainda mais a expansão na produção de conteúdos.

Finalmente, a KPMG também analisa o impacto que a inteligência artificial tem exercido sobre a produção. A pesquisa diz que a tecnologia pode baratear e acelerar etapas produtivas. “A IA está reescrevendo o manual de conteúdo —criação, personalização, distribuição, monetização”, disse o líder do setor de mídia e telecomunicações da KPMG nos EUA, Frank Albarella.

“Os líderes de mídia que experimentam a IA de forma criteriosa e estratégica hoje estão construindo a vantagem competitiva de amanhã.”