SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Economistas ouvidos pelo BC (Banco Central) mantiveram as expectativas da semana passada para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), PIB (Produto Interno Bruto), dólar e Selic deste ano. Dados são do Boletim Focus divulgado nesta segunda (15).

Para o ano que vem, porém, os analistas voltaram a reduzir a previsão para a taxa de juros, de 12,38% para 12,25%. Antes de segunda-feira passada, a expectativa se manteve inalterada nos 12,5% por 32 semanas.

Na última quarta-feira (17), a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a taxa de juros a 15%, valor que deve continuar até o fim do ano, de acordo com os economistas.

O ciclo de alta foi interrompido no encontro anterior, em julho, com a Selic estacionada em seu maior nível observado em 19 anos. Naquela ocasião, o colegiado do BC foi cauteloso ao antecipar os próximos passos, falando em “continuação na interrupção do ciclo” na reunião de setembro. Dessa vez, demonstrou mais confiança na estratégia. Ao mesmo tempo, indicou não ter pressa em iniciar a discussão sobre cortes da Selic.

A previsão dos economistas é que a variação da inflação no ano fique nos 4,83%. Em agosto, o IPCA teve sua primeira deflação em um ano, mas o acumulado de 12 meses ainda era de 5,13%.

O objetivo central perseguido pelo Banco Central é de 3%. No modelo de meta contínua, o alvo é considerado descumprido quando a inflação acumulada permanece por seis meses seguidos fora do intervalo de tolerância, que vai de 1,5% (piso) a 4,5% (teto).

O crescimento econômico, para os economistas, deverá ser de 2,16% neste ano. As expectativas para 2026, 2027 e 2028 são, respectivamente, 1,8%, 1,9% e 2%.

A expectativa para o dólar deste ano se manteve nos R$ 5,50, após um ciclo de alta de quatro semanas.