PEQUIM, CHINA (FOLHAPRESS) – O primeiro-ministro da China, Li Qiang, recebeu neste domingo (20) um grupo de parlamentares americanos em meio às negociações sobre as tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump e o futuro do TikTok no país ocidental.
A visita da delegação americana, liderada pelo deputado democrata Adam Smith, foi a primeira que ocorreu desde 2019, representando um aceno do congresso para aliviar a tensão que cerca os dois países.
Além de Smith, participaram da conversa os deputados democratas Chrissy Houlahan e Ro Khanna, o republicano Michael Baumgartner, e o embaixador no país asiático, David Perdue.
O encontro ocorreu no Grande Salão do Povo, em Pequim, onde o número dois do regime chinês afirmou aos presentes que manter um relacionamento estável e sustentável entre os países atende aos interesses das duas potências e as expectativas da comunidade internacional, segundo o regime chinês.
Disse ainda que a China está disposta a trabalhar com os EUA para resolver os problemas entre os países por meio da comunicação, espírito de igualdade, respeito e benefício mútuo.
Segundo a Reuters, um relatório organizado pela embaixada dos EUA na China diz que o grupo afirmou a Li que as duas maiores economias do mundo precisam intensificar o engajamento e “quebrar o gelo”, uma vez que houve avanços recentes na estabilização da relação entre os países.
“Podemos reconhecer que tanto a China quanto os EUA têm trabalho a fazer para fortalecer esse relacionamento, que não deve ter, o que, sete, seis anos entre as visitas da Câmara dos Representantes dos EUA”, afirmou Smith a Li, de acordo com o relatório.
“Precisamos de mais desses tipos de trocas e esperamos, segundo suas palavras, que isso quebre o gelo e comecemos a ter mais desses tipos de trocas.”
A conversa ocorreu após uma ligação entre os líderes Xi Jinping e Donald Trump na sexta-feira (18), em que foram discutidas a guerra comercial, o acordo sobre o TikTok e o comércio de fentanil.
O diálogo foi considerado “pragmático, positivo e construtivo” pela mídia estatal chinesa. Dias antes, negociadores dos dois países se encontraram em Madri para discutir questões semelhantes, mas com foco principal na manutenção do funcionamento do aplicativo de vídeos curtos nos EUA.
Os países estão à beira de conseguir um acordo comum, o que deve incluir a venda dos ativos americanos do TikTok para investidores do país e, possivelmente, os 170 milhões de usuários dos EUA terão que migrar para outro aplicativo. Como será o algoritmo desta nova plataforma, se novo ou licenciado, ainda não foi divulgado.