SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Manifestantes convocados por movimentos sociais, presidentes de partidos de esquerda e parlamentares se reuniram na avenida Paulista, neste domingo (21), para protestar contra o Congresso Nacional, o projeto de anistia e a PEC da Blindagem.

Os manifestantes começaram a se reunir por volta das 13h em frente ao Masp, cartão postal de São Paulo, com faixas e cartazes com os dizeres “Congresso inimigo do povo” e “sem anistia”. Os discursos devem começar depois das 15h.

Também entraram no rol de pedidos dos manifestantes o fim da escala 6×1 de trabalho, a taxação dos mais ricos e a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês -pautas do governo Lula (PT) que seguem paradas no Congresso.

O ato foi convocado pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ligadas ao PSOL e ao PT e que reúnem movimentos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), em pelo menos 22 capitais.

Na Paulista, os manifestantes criticaram os 12 deputados do PT que votaram a favor da PEC da Blindagem, também chamada de PEC da Bandidagem por permitir ao Congresso barrar prisões de parlamentares e processos criminais no STF (Supremo Tribunal Federal) contra deputados e senadores. A proposta, agora, será analisada pelo Senado.

Os petistas que votaram a favor desobedeceram a orientação do partido, que tem 68 deputados federais, de ir contra o texto. O grupo que votou pela PEC argumentou ter feito um acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para não votar a anistia, priorizada por bolsonaristas após a condenação de Jair Bolsonaro (PL) pela trama golpista, na semana passada.

O grupo alega ter sido traído por Motta, já que no dia seguinte à votação da PEC, a urgência para votar a anistia foi pautada e aprovada na casa.