SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Sistema Cantareira, principal reservatório que abastece a Grande São Paulo, atingiu o pior nível para setembro nos últimos dez anos.
Com 29,7% de volume no reservatório atualmente, o nível do mês é o pior desde 2015, quando chegou a -12,9%, segundo a Sabesp. Veja os valores ano a ano nos meses de setembro:
2015: -12,9%
2016: 44,6%
2017: 54%
2018: 34,7%
2019: 48,4%
2020: 43,4%
2021: 32,8%
2022: 30,7%
2023: 69.2%
2024: 53,2%
2025: 29,7%
Na última quinta (18), o Sistema de Mananciais apresentou menor volume desde 2015. O volume total caiu de 33% (641,83 hectômetros cúbicos) para 32,8% (637,55 hm3), refletindo uma redução de 0,2 ponto porcentual. Hoje, o volume é de 32,3%.
A Sabesp fortaleceu medidas para conter o baixo volume dos reservatórios. No final de agosto, a companhia reduziu a pressão na distribuição de água na região metropolitana de São Paulo pelo período de oito horas durante as madrugadas. Contudo, a medida passou a valer por 10 horas.
O cenário hídrico justifica a manutenção de medidas preventivas para aumentar a oferta de água e reduzir a captação de água, afirma presidente da SP Águas, Camila Viana. Segundo ela, é fundamental, entretanto, que a população contribua economizando água. “Medidas simples do dia a dia podem fazer muita diferença na redução do consumo”, afirma.
A Secretaria afirmou que o estado “está preparado” para as possíveis consequências da crise hídrica que o atinge. Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, disse recentemente que trabalha de forma preventiva para evitar escassez no abastecimento de água.