RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Uma comunidade terapêutica foi interditada temporariamente por irregularidades e denúncias de maus-tratos em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (19).
Internos eram submetidos a castigos. Segundo a delegada Marina Goltz, os acolhidos eram tratados com castigos físicos e medicamentosos. Os que violassem algum regramento eram punidos com mata-leão, amarrações na cama e socos no rosto.
Não havia nenhum responsável pela comunidade terapêutica no momento da operação. De acordo com a polícia, os internos estavam sob os cuidados de um outro acolhido que atuava como monitor.
Internação compulsória. Além dos castigos, as denúncias sobre a comunidade terapêutica são de que as pessoas eram internadas de forma involuntária e não eram informados sobre seus direitos. “Os acolhidos não tinham ciência que poderiam interromper o tratamento a qualquer tempo”, afirma a polícia. Também não havia documentação sobre os acolhimentos e a alimentação era inadequada e insuficiente para a quantidade de pessoas, que eram trinta. Os internos foram encaminhados para as famílias.
A polícia também investiga apropriação indébita de bens dos internos. O estabelecimento tem 15 dias para apresentar defesa. Também participaram da operação a Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação, a Fiscalização de Vigilância em Saúde, e a guarda municipal.