SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Policiais civis prenderam na manhã desta sexta-feira (19) um suspeito de 41 anos apontado como o principal ladrão de residências de São Paulo.
Diego Fernandes de Souza, conhecido como Minotauro, foi detido na favela de Paraisópolis, zona sul da capital, conforme apuração da Folha. A reportagem tenta localizar a defesa do suspeito.
De acordo com investigações, ele era responsável por chefiar uma quadrilha que atuava em invasões a residências no Morumbi, zona oeste da capital paulista. Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), ele estava foragido por roubo, formação de quadrilha, porte ilegal de armas e outros crimes.
Além disso, conforme a pasta, o nome dele consta em pelo menos 14 inquéritos instaurados pelas autoridades policiais desde 2016.
Na madrugada desta sexta-feira, criminosos que se preparavam para roubar casas de um condomínio no Morumbi tiveram o plano frustrado por PMs. A polícia confirmou que Minotauro teve participação no crime.
Houve troca de tiros e os suspeitos fugiram por telhados de casas na região.
Uma família foi feita refém por um dos suspeitos, que acabou preso. Outro criminoso envolvido na ação também foi detido.
A polícia ainda apura se o criminoso tem envolvimento em pelo menos outros oito crimes cometidos em São Paulo.
O secretário da segurança pública de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou a prisão nas redes sociais e parabenizou os policiais civis envolvidos na prisão. “Dezenas de passagens por roubo”, escreveu.
Derrite também comentou sobre a prisão em um vídeo nas redes sociais. “Na data de hoje policiais civis do Deic realizaram uma importante prisão de um criminoso de altíssima periculosidade, considerado o maior assaltante de residências do estado de São Paulo”, diz ao lado do delegado-geral da Polícia Civil, Arthur Dian.
“Um dos maiores assaltantes de São Paulo e do Brasil. Indivíduo perigosíssimo, violento, vulgo Minotauro”, descreveu o delegado Dian. “Com a prisão desse indivíduo com certeza diminuiremos os roubos de condomínio e residências na cidade e no estado de São Paulo”.
Um levantamento da Folha mostrou que bairros ricos da capital, como Morumbi e Campo Belo, concentram os roubos a residências, apesar da queda geral. Os casos também se concentraram em locais como Vila Clementino, Cambuci e Pinheiros, os três no centro expandido da capital.
O método do assalto a residências varia de acordo com a quadrilha. Há grupos que levam tudo o que podem carregar da casa, e chegam a simular uma espécie de mudança. Outros preferem cofres, joias e dinheiro em espécie. Muitas vezes fogem com os pertences no próprio carro da vítima.