SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Justiça de São Paulo decretou nesta sexta-feira (19) a prisão do sexto suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, 64.

Ruy foi morto a tiros de fuzil na noite de segunda-feira (15) em Praia Grande, na Baixada Santista.

Até o momento duas pessoas estão presas, entre elas Luiz Henrique Santos Batista, o Fofão, 38, detido nesta sexta pela manhã em São Vicente, no litoral paulista. A prisão dele é temporária por 30 dias.

A Folha de S.Paulo apurou que Batista é suspeito de ajudar um dos envolvidos na morte de Ruy a fugir da cena do crime, dando carona ao criminoso. Ele já tem passagem por porte de entorpecentes. A reportagem tenta localizar a defesa do pres

O sexto envolvido, que está foragido, teria sido transportado por Fofão após os disparos.

Além de Fofão a polícia polícia prendeu uma mulher na quinta-feira (18).

Dahesly Oliveira Pires, 25. Ela teria sido responsável por transportar uma das armas usadas no crime. Pires já era procurada pela Justiça.

O imóvel onde ela retirou o fuzil em Praia Grande foi identificado. A polícia vai ouvir todos os que alugaram a casa nas últimas semanas, assim como o dono do imóvel e o irmão dele, que é policial militar. Segundo a SSP, diligências estão em curso para elucidar todas as circunstâncias e responsabilizar os envolvidos.

De acordo com a polícia, Dahesly mora na periferia de Diadema, tem passagem por tráfico de drogas e é dependente química. Apesar de ter negado ter conhecimento do que se tratava o pacote, depois ela admitiu que sabia que estava transportando um fuzil.

Além dela, outros três investigados tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça e são procurados. Entre eles, Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, namorado de Dahesly, que pediu que ela transportasse o armamento. O segundo procurado é integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e foi identificado pela Polícia Civil como Felipe Avelino da Silva, 33, conhecido como Mascherano. Outro suspeito é Flávio Henrique Ferreira de Souza, 24, sem passagem, de acordo com o secretário.

O ex-delegado-geral foi assassinado em emboscada no fim da tarde do dia 15. O carro do policial civil aposentado foi atingido por 29 tiros de fuzil no momento em que saía da prefeitura do balneário, onde trabalhava como secretário de Administração.

Imagens do ataque mostraram o momento em que ele tentou fugir e bateu em dois ônibus em uma avenida movimentada. Ao menos três homens encapuzados e com coletes a prova de balas desceram de um dos veículos usados no crime e o alvejaram. Ele morreu no local.