SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A decisão da suspensão de Jimmy Kimmel pela emissora americana ABC já vinha sendo discutida desde segunda-feira (15), quando o apresentador fez comentários polêmicos em seu monólogo sobre o assassinato de Charlie Kirk e chamou os apoiadores de Trump de “gangue MAGA”. As informações são da CNN.

Nos episódios seguintes, Kimmel reforçou o tom, o que atraiu duras críticas da direita e acendeu o alerta na Disney – dona da ABC. A situação escalou de vez na quarta-feira (17), quando Brendan Carr, presidente da FCC (agência reguladora de comunicações nos EUA), ameaçou rever as licenças de transmissão da ABC em um podcast conservador.

Pouco depois, a Nexstar (responsável por levar o programa a mais de 20 mercados) anunciou que não iria exibi-lo. Fontes ouvidas pela CNN descreveram esse risco como “real e sério” para toda a rede, não apenas para o talk show.

O monólogo estava planejado para ser “muito quente”, segundo fontes. Nos bastidores, executivos como Bob Iger (CEO da Disney) e Dana Walden (copresidente da Disney Entertainment) pediram que Kimmel baixasse o tom.

O impasse cresceu ainda mais com ameaças de morte contra membros da equipe, que tiveram contatos pessoais expostos online. Mesmo assim, Kimmel segue bem avaliado dentro da ABC.

Há expectativa de que o programa possa retornar. Mas, para isso, o apresentador deve ajustar sua abordagem. Seu contrato vai até 2026, e, por ora, ninguém comenta oficialmente o futuro da atração.