SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Centenas de pessoas participaram de protestos na quinta-feira (18) contra a suspensão do programa do apresentador Jimmy Kimmel após pressão do governo Trump. Os manifestantes se reuniram em escritores da Disney em Nova York e na cidade de Burbank. Além disso, eles protestaram em frente ao El Capitan Entertainment Centre, em Los Angeles, onde o programa era gravado.

Na segunda, Kimmel disse em seu programa que “a turma do Maga [movimento Make America Great Again] está desesperada para caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa que não seja um deles e fazendo de tudo para tirar proveito político disso”.

Kirk era um conhecido influenciador trumpista que foi assassinado durante evento na Universidade do Vale de Utah, na semana passada.

“Entre uma acusação e outra, também houve luto”, acrescentou o apresentador durante a transmissão de segunda, que teria incomodado Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações.

O anúncio da suspensão foi feito pela empresa Nexstar, dona de afiliadas da ABC, que vêm buscando a aprovação da agência, para uma grande fusão, o que ampliaria seu alcance televisivo para 90% dos domicílios americanos.

Segundo o Wall Street Journal, a ABC recebeu ligações de diversos anunciantes e afiliados, que expressaram as suas preocupações em relação ao talk-show de Kimmel, pouco depois do programa de segunda ir ao ar. A copresidente da Disney, Dana Walden, teria ainda conversado com o apresentador sobre os seus planos para a transmissão do dia 17.

De acordo com fontes próximas ao caso ouvidas pelo jornal, ela e outros executivos teriam aconselhado Kimmel a não seguir com aquela abordagem, que segundo eles poderia piorar a situação. Os executivos também discutiram sobre a segurança de seus funcionários, uma vez que a equipe do Jimmy Kimmel Live! teria recebido e-mails ameaçadores pouco depois de Carr se manifestar contra a atração.