BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou na quinta-feira (18) para o emir do Qatar, o xeique Tamim Bin Hamad Al Thani, para expressar solidariedade depois do ataque aéreo realizado por Israel em Doha, que visava líderes do grupo terrorista Hamas no exílio na capital qatari.

Lula expressou preocupação de que a ação comprometa os esforços conduzidos pelo Qatar para liberar reféns e defendeu a efetivação do Estado palestino.

O ataque do Exército de Israel, feito no dia 9 de setembro, teve como alvo dirigentes da facção palestina que participam das negociações indiretas para encerrar o conflito na Faixa Gaza -o Hamas mantém uma base política no Qatar.

No entanto, o ataque não matou o alto escalão do grupo terrorista. A operação só teria atingido um alojamento dos membros que estavam envolvidos nas negociações de cessar-fogo, segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores qatari, Majed al-Ansari.

Após os ataques, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, defendeu no último sábado (13) sua decisão, dizendo que eliminar a liderança da facção encerraria a guerra na Faixa de Gaza. Depois, acusou o Qatar de financiar o grupo.

No telefonema, o emir agradeceu as manifestações do Brasil em repúdio ao ataque e saudou os resultados da Cúpula de Emergência de Países Árabes e Islâmicos convocada em 15 de setembro, que resultou em declaração de apoio ao Qatar.

O presidente Lula, por sua vez, agradeceu aos qataris por sediar, em Doha, no dia 3 de novembro, a primeira Reunião de Líderes da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no contexto da Segunda Cúpula de Desenvolvimento Social da ONU (Organização das Nações Unidas).

O brasileiro convidou o emir a visitar o país e a participar da COP30, em Belém.