PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil apura as circunstâncias das mortes de três cachorros dentro de um carro pertencente a uma pet shop em Americana (SP).

Os animais, um lhasa apso de 11 anos e dois shih tzus, de dez e oito anos, tenham morrido de hipertermia após passarem cerca de uma hora e meia dentro do veículo na última quinta-feira (11) na rua Oriente Rosalem, no bairro São Domingos.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o filho da tutora dos animais registrou ocorrência em uma delegacia na segunda-feira (15).

O lhasa apso Fofão e os shih tzus Cristal e Luna foram deixados na pet shop na manhã do dia 11. À tarde, a proprietária informou sobre a morte dos cães e explicou que precisou fazer uma entrega em um endereço distante e, por isso, acabou deixando os animais no carro.

Os animais foram levados a uma médica veterinária de confiança da família, que disse que provável causa das mortes foi o aumento excessivo da temperatura corporal. O caso foi registrado no 1º DP de Americana como prática de abuso contra animais.

“Estamos avaliando um pedido de indenização por danos materiais e por danos morais visando a reparação pelo sofrimento e aflição causados, bem como forma de punição para que sirva de lição e que nenhum animal passe novamente por essa situação”, disse Rafael Possobon, advogado dos tutores dos cachorros.

Em nota, o escritório Figueiredo & Silva, que representa a pet shop, disse que a proprietária do local não tinha intenção de causar mal aos animais. Segundo a defesa, as mortes foram um caso fortuito causado pelas condições climáticas daquele dia e outros trajetos semelhantes já foram feitos sem intercorrências.

“No dia dos fatos, diversos animais foram atendidos e entregues normalmente, inclusive aqueles que, lamentavelmente, vieram a óbito, frequentadores assíduos do estabelecimento há cerca de três anos”, diz a nota.

Ao perceber a falta de sinais vitais, a proprietária teria procurado atendimento para os animais em uma clínica veterinária, e no local foram constatados os óbitos. No dia 11, a temperatura em Americana superou os 30°C.

“Em estado de choque e profundamente abalada, a proprietária comunicou os fatos à tutora e, posteriormente, levou os animais à clínica por ela indicada”, diz o texto.

Segundo os advogados, a veterinária que atendia os animais disse que eles não apresentavam sinais de maus-tratos.