SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma mulher de 25 anos foi presa na madrugada desta quinta-feira (18) por suspeita de envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo Ruy Ferraz Fontes. Após ser ouvida no DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa), policiais a encaminharam para uma delegacia.

Dahesly Oliveira Pires seria namorada de um dos investigados pelo crime, ocorrido em Praia Grande, e suspeita de ter transportado os fuzis utilizados no atentado.

Segundo a polícia, antes da morte de Ferraz, Dahesly esteve no litoral e retornou para sua residência em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, com um pacote suspeito.

Nesta madrugada, após prestar depoimento, a mulher foi levada ao IML (Instituto Médico Legal) para exame de corpo de delito e depois a uma delegacia no Cambuci, na região central de São Paulo. Sua prisão temporária foi autorizada pela Justiça. A informação, dada pela TV Globo, foi confirmada pela reportagem.

A reportagem tenta localizar a defesa de Dahesly.

A oitiva começou no fim da tarde de quarta-feira (17). Ela chegou ao DHPP por volta das 17h30, conduzida por policiais civis. Na madrugada, saiu com o rosto coberto.

A Polícia Civil já cumpriu ao menos oito mandados de busca e apreensão em endereços da capital e da Grande São Paulo relacionados aos suspeitos.

O ex-delegado-geral foi assassinado em emboscada no fim da tarde desta segunda-feira (15). O carro do policial civil aposentado foi atingido por 29 tiros de fuzil no momento em que saía da prefeitura do balneário, onde trabalhava como secretário de Administração.

Imagens do ataque mostraram o momento em que ele tentou fugir e bateu em dois ônibus em uma avenida movimentada. Ao menos três homens encapuzados e com coletes a prova de balas desceram de um dos veículos usados no crime e o alvejaram. Ele morreu no local.

A força-tarefa criada para investigar o crime apura se a morte foi uma represália ao trabalho que ele vinha fazendo à frente da Secretaria de Administração de Praia Grande, na Baixada Santista, ou se está ligada ao seu passado de luta contra o crime organizado, quando foi o primeiro a investigar o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Ao menos dois suspeitos foram identificados por meio de impressões digitais deixadas em um dos veículos usados no crime. Um deles passou pela ala de um presídio ligada ao PCC, segundo o promotor Lincoln Gakiya, integrante do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) do Ministério Público.